sempre tive dúvidas sobre certos conceitos q preenchem as infindas considerações filosóficas, literárias, psicanalíticas enfim. leio muitas vezes aquela explicação com exemplos e tudo, entendo, daí a pouco... puf, sumiu. q é mesmo isso? uma amiga certa vez me revelou q sofre também desse mal.
legal isso de encontrar alguém com os mesmos somenos. a gente acha q nem adianta explicar pois ninguém sente aquilo. sentimento de sol. certa vez uma aluna me falou q quando via alguém machucado dava uma gastura q os joelhos dela doíam, pow! num revelei isso também porque pensava só eu sentir. prepotente. sou assim desde pequena, q nem marisa: acho o universo ao meu redor.
mas o q quero contar é outra.
sobre ñ entender dos conceitos, um deles é epifania.
Joyce, Lispector, Borges, uns diziam. e puf!
quando papai morreu iríamos voltar para bh.
motivada por um passeio fui ver antes de mudarmos a casa q ficaríamos.
no mesmo bairro de antes, na rua debaixo.
poxa, por tanto anos desejei isso!
mas aquela casa tava fria, fria a rua, o bairro
bh fria, meus amigos nem eram mais meus.
naquela casa vazia tive uma epifania.
vi todos os anos em vitória q tanto praguejei
vi os amigos...poucos
o curso de letras
o clima vivo
quente
preenchido
saí daquela casa decidida q nunca mais moraria de novo em bh. nunca*. esse tempo havia morrido. e na verdade sempre foi uma bosta. menti pra mim todos esses anos. principalmente sobre aqueles amigos de merda.
nem mais quero vê-los novamente.
desconfiava q não era mesmo daquele lugar.
agora tenho certeza q nem tenho lugar pra ser dele.
aqui o lugar é
q é meu.
q é meu.
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*significa: mudo de opinião muito rápido!